Sobre a noite de ontem, só tenho uma coisa a dizer:

Ypióca é bom. Mas também mata.

É. Então: eu nunca fui o maior fã de Jackass, sempre achei engraçado e panz mas não era daqueles diehards que baixavam episódios e tal. Nevertheless, pessoas cara-de-pau zoando os outros sempre é uma temática que rende muito rsrs e kkk, e o Pedro, um garanhão sedutor e carismático que estuda comigo, me mostrou um cara que é mestre na arte de tocar o terror: Remi Gaillard. Esse aqui é o melhor vídeo dele:



Os outros também são todos muito bons, recomendo ok! Agora vou lá virar gente e almoçar. Milbjs

you see?


E só pra não desperdiçar um post com emuxice, vou encher de bobagens:

Tapa na cara é uma pira dúbia. Entrar em rodas de tapa pra ver quem aguenta mais, já aprendi que é tragédia esperando pra acontecer. Mas slap bets são tão divertidas! Ahohoho! Ontem o @thiarles twittou um site bem engraçado que te ajuda a aliviar a tensão, fornecendo uma mão e um trouxa pra tu estapear até cansar. Não sou haxx0rz do mal, logo não consegui embbedear aqui a parada, então clique aqui se quiser dar uma estapeadinha. Isso me lembrou de um jogo muito bom que eu costumava jogar uns anos atrás, chamado Rose & Camelia. O plot do jogo segue aquele humor totalmente japonês, vou colocar aqui uma tradução livre [do inglês né, porque nihongo ainda não sei falar]:

"Recém-casada com Shunsuke, o primogênito da histórica família Tsubakikoji, Reiko sofre a perda de seu marido logo no dia seguinte. Sob o cruel e incessante escárnio das aristocratas, o sangue plebeu de Reiko começa a ferver. Segurando em seu peito a rosa que Shunsuke lhe deu, Reiko lança um desafio à casa. 'Eu sou a viúva do filho mais velho da família Tsubakikoji. Essa casa é minha!' ...Essa é a elegante arte do conflito feminino."

Com esse começo, fica lógico que vem coisa de japonês loco por aí. Um drama vitoriano onde a cada fase, é preciso esbofetear sem piedade uma a uma as mulheres da família. Tem altos esquemas, dá pra esquivar do tapa da outra vadia e contra-atacar, mas tem que ser ninja com o mouse pra não apanhar! E a cara delas vai mostrando os resultados da surra aos poucos, ahaoihaoiahioah! Resumindo, é engraçado pra caralho, bem curtinho e dá pra fechar em meia hora, a única parte realmente foda é a chefona final que apela demais. Só clicar aqui embaixo pra jogar:

Pra quem gosta de perversão, maldade e safadeza [e tem o inglês afiado], o Strobel, um jovem garboso que estuda comigo e leva a morte nos punhos, me mostrou uma série de vídeos que eu desconhecia completamente, e que aparentemente é mais old que mandar arquivos por dcc. Foi mal aí planeta Terra, mas eu nunca tinha visto! Perdão ok. São as aventuras de Bobby e Billy, dois muleques serelepes que aprontam a maior confusão com uma galerinha da pesada etc etc. O melhor é o estilo do desenho, bem child book de várias décadas atrás, e o narrador também é mó engraçado, atóron tudoo! Esse vídeo aqui tem três episódios: Let's Go To The Party, Camping Out e Soap Box Derby.



Caso você tenha achado legalzão e queira ver mooooar, os outros dois são Earning Money e Winter Fun. E como bônus sem nenhuma relação com Billy ou Bobby, entrem em http://cristgaming.com/pirate.swf , é contagiante e engraçado! xD

Ééé, mais de uma semana sem postar. Durante todo esse tempo, todo santo dia eu abria o Blogger e ficava meia hora olhando pra página de Criar postagem. É foda quando se tem uma novena inteira pra rezar, mas ninguém à sua volta quer falar de oração. Na quinta-feira passada não fui pra aula, vadio total, fiquei em casa curtindo a vida. Na sexta-feira, uma prova na qual eu descobri hoje que tirei dez, um frio digno de São Bento em Joinville, café com cigarros e amigos de sala, monumento pra beber, perguntas indiscretas. Andar de bicicleta na frente do ponto, fuga para o centro ao som de My Melody, beber maracujá no posto até esquecer o próprio nome. Dormir num futon vermelho, com o pé congelando, pensando em luvas. Acordar no sábado, tomar banho, virar gente, comer um sempre ótimo McMelt, passear por Joinville numa tarde de sol com vento frio, quem diria. Olhar pro lado e perceber que uau, a vida prega cada peça na gente. Passar o fim de tarde bebendo e comendo no boteco da esquina, andar, buscar dinheiro, voltar ao bar. Aprender que anel de latinha voa longe, e palito de dente gira na ponta do nariz. Fugir do frio em um belo Polo azul para uma casa quentinha, jogar sueca e beber vodka até ficar podre, como nos velhos tempos. Colocar os mortos e feridos pra dormir, ser acordado por eles, de madrugada, que nem um bombeiro, em um frio dominical de muitos graus negativos. Sair em uma aventura épica em busca de comida, terminar com três pastéis de mercado. Resolver ficar. Precisar ir embora. Comer o asfalto em um bólido negro pra descobrir que os ônibus acabaram, voltar ao Bangalô das Surpresas, fugir de lá e encontrar minha melhor amiga pra assistir Gossip Girl e comer até passar mal. Dormir quatro horas e voltar pra São Bento às sete da manhã, pranteando cântaros.

Encarar a segunda-feira de frente, e se arrepender disso. Atravessá-la como quem atravessa um túnel de arame farpado, pegando fogo.

Melhorar na terça-feira. Arrebanhar um WIN inesperado dizendo "espiral" em voz alta.

Quarta-feira é dia de rage, lógico. Rage total e completa. Departamento de vendas internacionais incompetente, desenho em perspectiva inexistente, ouvir sermão injusto e insolente.

Ficar em casa na quinta-feira de novo. Singing songs that could only catch the ear of the desperate.

E na sexta-feira, criar um folheto futurista, meu primeiro estêncil e fugir da aula antes dela começar, pra tomar uma garrafa de vinho, uns copos de cuba e uns goles de, sei lá, intolerância?



Tudo isso ao som de Augustana, o que faz qualquer momento da vida parecer uma season finale daquelas bem tristes que deixam um buraco no coração. Preciso de cimento pra jogar nesse buraco. Um caminhão de cimento. Nossa, tô lentamente deixando o mundo da linguagem objetiva pra trás e passando a falar só em analogias e metáforas.

through the looking glass.

way to go, McDonalds. waaaay to go.

é, eu comi um Pão Sthefanny. devo dizer que estava uma delícia babilônica.

it never calls me when I'm down, love never wanted me.

um folheto futurista falando sobre o Futurismo. porra, eu procuro sempre me afastar do pecado da soberba, mas toda vez que eu olho esta linda obra eu penso em quão awesome eu sou.

I've got troubled thoughts and the self esteem to match, what a catch.


E aí galera, o que vocês vão fazer fim de semana? Eu tô pensando em matricídio. Pegar uma faca (grande, afiada) e mandar ver. Tava tão em voga uma época aí, galera esquartejava e jogava no rio toda semana, era o must do verão! Agora já é meio last season, mas é pra isso que existe releitura né? Essa figura exprime com exatidão como eu estou mental, física e emocionalmente. Às vezes você corre, corre, e corre; mas no final, depois de ultrapassar todo mundo, torcer o pé, bater a cabeça em uma placa e ainda assim ganhar, te dão um pão com bolinho. Aí eu como né, mas bem que podia ter uma churrascada esperando.

Enfán: a vida tá na mesma, a fase de felicidade alegria arf arf passou já. Sabia que Jesus não ia deixar barato desse jeito, aquele pau no cu. Baaah, fiquei meia hora aqui pensando e cheguei à conclusão que nem quero mais escrever, vou embora. Tchal

CARALHOCARALHOCARALHOCARALHOCARALHO. Hoje eu tive o sonho, sem dúvidas, mais pirado de todinha a minha vida. Pelo post anterior dá pra sacar como foi a noite de ontem, mas a madrugada foi out of this world. Acordei ainda bêbado de sono e sob a impressão do sonho, catei o celular e contei tudinho pra ele no gravador de voz. Tá aqui a transcrição exata do que eu disse, ficou grande mas paciência! Eu não consigo tirar uma sílaba disso aí, quem não quiser não lê:




Oi. Então, eu era uma espécie de... de... manager assim sabe, um homem de negócios. Existiam outros. E-eu não sei que negócios eram esses, mas a gente andava nos corredores. À espreita. Sempre nos corredores, à espreita. Existiam muitos outros, iguais a mim. Mas um dia, eu descobri que tinha um mundo... em cima do nosso. Enquanto a gente perambulava pelos corredores, mal sabia a gente que tinha um túnel, que levava pra cima! Um poço. Chegando em cima, era muito estranho. Porque lá de cima, havia uma ilusão de ótica. Que alguns viam, e alguns não. Se você via, ficava muuuito assustador descer. Parecia que você estava se jogando num poço infinito. Se você não via a ilusão de ótica, você conseguia pular tranqüilo, e voltar lá pra baixo. Pra ser um homem de negócios. Lá embaixo. E lá em cima tinha uma pira meio loca, meio religiosa. Pra você pular assim nesse “poção” assim em volta, era como se fosse um desfiladeiro assim. E ao longo desse desfiladeiro tinham montanhas, era uma coisa árida... E no meio dessas montanhas tinha... O Olho, do Inferno. Era O Olho do Inferno mesmo. Parecia o Olho de Sauron. E eu tinha alguns comparsas assim, umas pessoas que... eu tinha comparsas em cima e embaixo, mas aparentemente eu era o único que sabia que existia em cima, e embaixo. E... a gente de vez em quando cometia heresias, e subia e descia sem poder fazer isso, mas era... mas era... como é que eu posso dizer, era escondido, ninguém podia descobrir que a gente cometia heresias. Mas um dia um cara, descobriu. E foi muito foda, ele pegou a gente sendo herege na cara mais dura. E... na hora de pular no poço, eu precisava escapar, mas... a ilusão de ótica me enganou. E em vez de pular no poço, eu acabei pulando e caindo di-re-ta-mente no Olho do Inferno. É. No Olho do Inferno. Antes de atingir o Olho do Inferno, eu fui perfurado por um projétil de fogo, e eu morri. Assim que eu morri, eu fui transportado p-pro círculo de tortura do Inferno. Era como se fosse um lugar cercado assim, onde tinham várias pessoas crucificadas, e a gente era meio que... A gente, sofria bastante ali. Não lembro como. Eu fiquei um tempo nesse local. Era meu castigo por ter caído no Olho do Inferno. Mas... depois eu fui levado pro outro local, que era mais susse. Era uma roda assim, onde ficava eu e mais uma galera estaile, e a gente batia um papo e talz. Mas... em turnos, a gente sofria a própria morte, de novo... Ou a gente sofria alguma coisa relacionada com a nossa morte. E a gente sofria várias vezes, tipo umas sete vezes. Então tava eu e a galera na roda, e de repente... Um da roda, começava a sofrer a morte dele de novo, e de novo, e de novo, e de novo, ali onde a gente tava, e de repente parava... e ia pro próximo, e depois pro próximo, e depois pro próximo. Na hora de sofrer a minha morte, eu não caía de novo direto no Olho do Inferno, era como se eu fosse atingido pelo projétil flamejante mesmo. Mas... não não, não era não. Na hora de sofrer a minha morte, eu começava a expirar uma fumaça vermelha assim. Ela começava a sair da minha boca, eu me afogava nela, e morria! E assim a gente ficou ali durante um dia inteiro, a gente trocava... a gente trocou experiências de vida assim, contou um pouquinho de umas coisas pros outros, mas... de-p-pois de um minuto, cada um sofria tudo isso, de novo. Sete vezes. E... pelo que parece o Inferno tem um expediente assim! Tem horário de visita, tudo mais. Enquanto eu tava lá, veio a galera do meu ônibus da faculdade verificar “meu deus, quer dizer que eu tinha morrido então...” Ficaram ali me olhando, fizeram algumas perguntas, aí eu mostrei todo empolgado pra eles “querem ver como é que a minha morte se repete? olha só ta chegando” e daí chegou, ela se repetiu, e eu mostrei pra todo mundo. Então, lembra que eu falei que tinha expediente? Basicamente ele chegou no fim, e era hora de... dormir, no Inferno. Chegou. De sofrer. Chega de sofrer! Era hora de... relaxar! Aí eu fui... pra casa. Mas era uma casa diferente assim, tinha uma sala muito loca na minha sala. Ai tinha uns colchões no chão e eu decidi, vou ficar no colchão! Nessa sala também tinha um bicho, ele era uma espécie de roedor, ele tava entre uma doninha e um esquilo assim. Mas nessa mesma sala habitava uma lagosta, e um outro bicho bem feroz, não lembro qual, e esses bichos começaram a brigar entre si. Porque eu coloquei eles pra brigar! Haha! Eu queria tirar uma foto deles juntos, tipo amiguinhos pro Flogão, mas não deu muito certo porque eles começaram a brigar. Eee... a lagosta, ficou brigando com o bicho malvadão, mas eles eram pequenos, não me ofereciam perigo, se eu não ficasse no caminho, né. E a doninha enquanto isso ficava bem esperta, andando pela sala, fugindo da galera, e os outros pareciam meio cegos, sei lá, eles ficavam brigando entre si mas nunca achavam a doninha. E daí nisso eu consegui tipo, eu apagava a luz de vez em quando, acendia de vez em quando, e eu consegui descansar! Aí meio que dormi, acordei no outro dia e pensei “pô, não é tão ruim assim morrer né, se eu posso sofrer lá bastante durante o dia mas posso descansar de noite”, e eu tinha descansado bastante até. E o sofrimento do Inferno também nem era tão grande. Mas o poço do Inferno era muito grande, aquele que a gente tinha que pular. Sério. Era muito triste porque eu sempre enxergava através da ilusão de ótica e sempre tinha medo na hora de voltar, e tinha gente que era sortuda e não, só pulava e... mandava bala. É isso!





Conclusões que eu tirei agora de manhã:

- Não haviam demônios no sonho. Capeta, diabo, nada. Só o Inferno mesmo.
- Eu uso muito a palavra "assim" quando descrevo algo. Preciso parar.
- Chester é muito melhor que presunto, não sei por que as pessoas criam porcos ainda.
- A expressão "dois coelhos com uma cajadada só" é engraçada! Alguém já viu uma pessoa matar um coelho que seja com um CAJADO? Imagina dois coelhos, wtf!


Todo ano, quando o frio chega, ele impertinentemente me arranca da espécie de conforto mental em que eu vivo, e eu sou jogado em um mar revolto de pensamentos estranhos. São tantas filosofias que me passam pela cabeça, enquanto eu sinto meus pés congelando gradualmente e assisto a fumaça que sai da minha boca, que eu tenho vontade de gritar todas elas, gritar até que alguém venha ver o que está acontecendo e não parar de gritar até deixar a outra pessoa tão enlouquecida quanto eu. Cada certeza que eu tenho é questionada, e é exasperante passar por isso outono após outono. Principalmente porque, um ano após o outro, a única certeza que sempre permanece, impérvia, é a de que todos nós nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos. Eu estou cansado de ler, estudar e perceber, quero ser lido, estudado e percebido também. Quero que alguém chute a porta dessa casamata de ferro onde eu vivo, que traga uma garrafa da minha bebida favorita e que me puxe pela mão pra ir pra algum lugar onde eu ainda não fui, mas que eu vá gostar. Quero que tudo isso vá embora com o vento quente do fim do ano, pra jogar toda a lã no armário e esquecer, por um tempo, dos fios soltos que despontam da blusa e me deixam nervoso. E que quando eu morrer, me enterrem de pé, pois eu vivi a vida toda de joelhos.